sábado, julho 14, 2007

Go West

Come on, come on, come on, come on

(Together) We will go our way
(Together) We will leave someday
(Together) Your hand in my hands
(Together) We will make our plans

(Together) We will fly so high
(Together) Tell all our friends goodbye
(Together) We will start life new
(Together) This is what we'll do

(Go West) Life is peaceful there
(Go West) In the open air
(Go West) Where the skies are blue
(Go West) This is what we're gonna do

(Go West, this is what we're gonna do, Go West)

(Together) We will love the beach
(Together) We will learn and teach
(Together) Change our pace of life
(Together) We will work and strive

(I love you) I know you love me
(I want you) How could I disagree?
(So that's why) I make no protest
(When you say) You will do the rest

(Go West) Life is peaceful there
(Go West) In the open air
(Go West) Baby you and me
(Go West) This is our destiny (Aah)

(Go West) Sun in wintertime
(Go West) We will do just fine
(Go West) Where the skies are blue
(Go West, this is what we're gonna do)

There where the air is free
We'll be (We'll be) what we want to be (Aah aah aah aah)
Now if we make a stand (Aah)
We'll find (We'll find) our promised land (Aah)

(I know that) There are many ways
(To live there) In the sun or shade
(Together) We will find a place
(To settle) Where there's so much space

(Without rush) And the pace back east
(The hustling) Rustling just to feed
(I know I'm) Ready to leave too
(So that's what) We are gonna do

(What we're gonna do is
Go West) Life is peaceful there
(Go West) There in the open air
(Go West) Where the skies are blue
(Go West) This is what we're gonna do

(Life is peaceful there)
Go West (In the open air)
Go West (Baby, you and me)
Go West (This is our destiny)

Come on, come on, come on, come on

(Go West) Sun in wintertime
(Go West) We will feel just fine
(Go West) Where the skies are blue
(Go West) This is what we're gonna do

(Come on, come on, come on)
(Go West)

(Go West)
(Go, ooh, go, yeah)
(Go West)
(Go, ooh, go, yeah)
(Go West)
(Go, ooh, go, yeah)
(Go West)
(Go, ooh, go, yeah)
(Gimme a feelin')
(Gimme a feelin')
(Go West)
(Gimme a feelin')
(Gimme a feelin')
(Go West)
(Gimme a feelin')
(Gimme a feelin')

Go West

É hora de voltar ao Ocidente. Sim, breve é hora de entrar no avião e rumar para o Oeste. É momento de deixar a Cidade do Leão para trás e voltar para perto da família, dos amigos e do turbilhão. Que falta que faz um turbilhão bem tirado.

Ontem conheci Flamming Lamborghini, que me apresentou os prazeres alcoólicos orientais. Tomei tanta coisa, de tanta cor diferente, que em um certo momento da noite achei que era hora de pagar uma rodada de tequila para todo mundo que estava no bar. A idéia era boa, disso eu não tenho dúvida, mas o seu custo se mostrou, posteriormente, um pouco exagerado.

Tentei retribuir o favor para Flamming e procurei Turbilhão no cardápio. Não havia. Chamei o garção. Pedi por Turbilhão, Turbillion, Groselha e Groselation. Nada havia. Fiquei um pouco frustrado. Logo passou quando pedi mais uma dose de vodka. A coisa estava começando a esquentar.

domingo, julho 08, 2007

Um Martini em Singapura

Pois é, como eles dizem, Singapura é isso aí. Desembarco do avião. É oficial. Cheguei na Cidade do Leão. Pela quantidade de japoneses, ou eu estava na Ásia ou de volta no cursinho.

Depois de algum tempo até "desembaraçar" as mercadorias da fiscalização Singapurense, estava livre para ir para qualquer lugar que eu quisesse. Naquele momento, entretanto, eu só queria ir para o hotel. Vinte e três horas de vôo, na minha idade, são suficientes para deixar essa velha carcaça num estado lastimável.

Cheguei ao hotel. Desfiz as malas, tomei banho e já estava me sentindo um pouco melhor. Desci até um dos bares e sentei ao balcão.

- Would you like to order a drink? - é, amigo, aqui é assim.

Pensei em pedir um Campari caubói, mas achei que havia grandes chances de isso me trazer problemas com a justiça depois. Optei (perdão) por um Martini. The dirty one.


Durante o Martini percebo uma bela loira, sozinha, sentada ndo lado direito do balcão, com um vestido vermelho que parecia uma janela para o pecado. Uma mulher dessa sozinha num lugar desses só podia significar uma de duas coisas. Qualquer uma das duas, a escolha mais inteligente é ficar longe. Infelizmente, nunca fui muito inteligente.

Um tempo depois um japonês aparece e eles conversam alguma coisa em voz alta. Ela não gosta de alguma coisa que ele fala e grita com ele. Ele responde. Eventualmente saem os dois juntos. Vou para o balcão.

- John, quem é a moça?
- Boa noite, meu nome é Lee.
- Lee, quem é a moça?
- Ah, o senhor não vai querer nada com ela, ela é veneno puro.
- Lee, se loiras de vermelho fossem veneno, eu já estaria morto a trinta anos.
- O nome dela é Maureen, ela vem para o bar do hotel de vez em quando, mas acho que agora ela é a mulher do sr. Goh. O dono dono desse enorme cassino do outro lado da marina.
- Ela e o Chinês, foram para lá agora?
- Receio que tenha ouvido algo sobre o Loui's em downtown.
- Obrigado, John, pode ficar com o troco.

terça-feira, julho 03, 2007

Perguntas que perseguem

Outro dia estava parado em frente a banca de jornal, tentando ler de graça o caderno de esportes que estava pendurado no lado da banca, quando de repente me vi absorto em pensamentos que muito pouco tinham a ver com esportes, mas sim com questões atemporais sobre a natureza humana, com fundamentos fundamentais da sociedade ocidental judaico-cristã em que alguns de nós vivem.

Qual será a diferença entre um extintor de incêndio, um cookie, um bezerro e um cadeirão, desses que os recém nascidos usam em restaurantes para poder fazer uma sujeirada sem tamanho e manchar toda a toalha de molho de tomate?

Não seriam todos eles objetos criados pelo homem (obviamente, exceptuando-se o bezerro, mas voltaremos a ele mais para frente) para satisfazer suas (dele) necessidades? Não seriam todos, portanto, artifícios artificiais com o único propósito de nos desviar da procura da resposta à pergunta que todos fazemos?

E o bezerro? Façamos como os espelhos: vamos refletir. É natural que o leitor astuto e inteligente, a essa hora esteja se perguntando por que é que justamente à figura do bezerro é que foi dada toda essa carga simbólica, todo esse sentido figurado, por assim dizer. Por quê? Não sei. Na verdade, não tenho a menor idéia, já que do bezerro gosto de muito pouca coisa, para ser sincero.

Mas ao mesmo tempo, se o bezerro é assim, o que dizer do “aquecimento global”? Complô da CIA? Invenção do Brizola? Para mim são muitos Playstations ligados ao mesmo tempo ao redor do mundo que deixam o planeta mais quente. Ou então uma sindrome de febre alta na China. Imagina cada chinês do planeta com 40 graus de febre? Aí é que nego vai começar a descobrir o que é “aquecimento global”. Isso deve ser igual ao bug do milênio. Todo mundo falou dele e não aconteceu nada. Eu achava que ia ter aviao caindo do céu, corrida bancária, pânico nas ruas de Londres... O máximo que aconteceu foi que a máquina do café do escritório, não sei se por coincidência ou não, parou de funcionar. O aquecimento global ia ser bom se acontecesse no Alasca, na Sibéria e no Canadá, esses lugares desabitados e muito frios que, exatamente por causa disso (e por serem muito chatos e sem nada para fazer) ninguém habita. Agora, se acontecer no nordeste ou na África, aí já é ironia demais desse tal destino.

Segundo um amigo meu que tem o curioso hobby de ser ator pornô, existem dois tipos de pessoas. As que acham que dinheiro não traz felicidade e as que acham que infeliz por infeliz, é melhor ser infeliz torrando grana por aí. Não vou dizer de qual dos dois grupos faço parte, mas vou te falar que esse meu amigo, depois que adotou seu corrente hobby, me parece uma pessoa muito mais feliz. Seu (dele) próximo plano é fazer um mestrado estrito senso em artes-cênicas-porno-erotizantes na Hungria para se profissionalizar na profissão. É, amigo... Haja coração.

Fiz uma simulação outro dia. Se o petróleo for para 104 dólares o barril, meu gasto com gasolina vai aumentar. Sinistro.

De acordo com uma agência de notícias do Sri Lanka, quem tem o hábito de tomar café gelado, tem uma chance 1.3 vezes maior de desenvolver uma doença congênita dos que não o fazer. Estranho. Desconfio muito da veracidade de tal informação, mas fica aqui o aviso.

segunda-feira, julho 02, 2007

4.0

O jornal mais trabalhador da internet gostaria aqui de mandar suas (nossas) congratulações e parabéns para o querido John McClane.

sábado, junho 30, 2007

Luciano Pavarotti para todos

O nosso herói de ação favorito está de volta.

John McClane voltou - ainda bem e já era tempo.

Vai enfrentar um problema, entretanto, no tempo que ele ficou de vida boa por aí, um tal de Jack Bauer apareceu.

É, amigo... Vem chumbo grosso por aí.
Outro dia, anando por aí, me peguei pensando em Maureen.

O doce cheiro de asfalto sempre me faz lembrar dela.

Tudo começou quando me mudei para Enoxville alguns anos atrás. Arrumei um emprego de barman e aluguei um quarto numa dessas espeluncas quaisquer. Era um pulgueiro sem tamanho. A cortina era furada e não fechava direito. Acredite, se você é um cara que trabalha à noite e dorme de manhã, uma cortina assim pode te deixar extremamente irritado.

Uma manhã qualquer, estava chegando do trabalho quando ela sai do quarto do lado. Devo admitir que parei e fiquei olhando para ela até perdê-la de vista. Ela achou um tanto quanto indelicado da minha parte, mas o fato é que não pude evitar. Bom, ela foi embora e eu fui dormir. Acordei um pouco antes das cinco e numa dessas coincidências indecifráveis, quando saí para trabalhar ela estava chegando.

Usava um enorme óculos escuros dessa vez que estava na cara que devia ter custado uma nota.

- Bonito óculos.

- Obrigada, o aluguel esse mês vai ter que esperar mais uma semana.

Não preciso dizer que minha vontade ela jogar ela na cama naquele instante. Ao invés disso, como sou capitalista convicto, fui trabalhar.

Passaram-se alguns dias sem sinal algum daquela mulher até que num dia qualquer, estou no bar com meia dúzia de clientes no balcão, ouvindo a banda horrível que tocas às terças-feiras quando a dona dos óculos entra no recinto.

Jailbreak tocava ao fundo. Não era minha música predileta para criar uma atmosfera romântica, mas o que eu podia fazer além de servir drinks?

- Boa noite.

- Olá vizinho, uma cerveja por favor.
...
Para resumir a história, duas semanas depois estávamos no sul da Índia. Atrás do pai dela.

Holiday on Ice por um dia

É como num sonho. Eu sinto o galope. Numa velocidade vertiginosa que me leva para um mundo sem fronteiras. Onde o princípio e o fim se encontram. Onde o amor e o ódio, a verdade e a mentira, o instante e a eternidade, onde o tudo e nada são pedaços de um pedaço de um pedaço de um pedaço de um pedaciiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinho de um pedaço.

terça-feira, abril 10, 2007

A Maior Manchete da História da Imprensa Brasileira

Não é segredo para ninguém que este jornal foi o responsável por várias das maiores manchetes da história da imprensa mundial, principalmente em momentos delicados da nossa história como na Grande Recessão de Queijo Cheddar de 1974 ou no Grande Escândalo das Bolas de Basquete Adulteradas.

A maior de todas as manchetes em todos os tempos, entretanto, não é nossa. É , sim, do saudoso periódico "Notícias Populares", na época da primeira (e única) Guerra do Golfo.

Naquele momento, Bush I havia dado um ultimato para Saddam sair do Kwait ou senão iria ter Guerra. Os dias se passavam e nada do Saddam desocupar a coisa estava ficando feia. No último dia do prazo, veio a machete do NP:

"O MUNDO PEDE: ARREGA, SADDAM!"

segunda-feira, outubro 30, 2006

Problema de Habite-se

É amigo, parece que meu "habite-se" está para ser cassado. O que pode se transformar num grande problema se isso quiser dizer que eu não posso habitar mais. A pessoa, desde que nasce, desenvolve o hábito de habitar (seh?) a casa em que mora. De repente, ter esse direito cassado, pode trazer conseqüências psicológicas que eu não chego perto nem com uma vara de dez metros.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Por Dentro do Íbis Karlim

A reportagem desse periódico agarrou com unhas e dentes a oportunidade de conhecer as instalações de um dos hotéis mais luxuosos e exclusivos do mundo, o glorioso Íbis Karlim.

Em primeiro lugar, a localização do hotel é secreta. Ninguém sabe nem sequer em que país o hotel está localizado. A coisa começa por aí. Recebemos, em nossa redação, uma carta-convite para uma estadia de quatro dias e quatro noites no famoso hotel. Obviamente, como adoramos aceitar convites, aceitamos este também. Não havia número para confirmarmos o aceite. A indicação era deixar uma carta de próprio punho escrita de baixo da porta. Deixamos. No dia seguinte, a carta havia sido recolhida.

As horas que se sucederam foram de profunda expectativa, já que não sabíamos se nossa carta havia, de fato, chegado às mão de quem-quer-que-seja que ela precisava chegar. Bebemos muito chá, tomamos muita sopa e roemos as unhas uns dos outros. Eventualmente fomos agraciados com a boa notícia, quando uma comitiva do referido hotel chegou à nossa redação.

Fomos informados que seríamos a primeira equipe de jornalistas a ser aceita nas dependências do glorioso hotel, tudo isso em reconhecimento ao jornalismo-investigativo de qualidade que a Folha Noturna tem produzido através dos anos.

Empacotamos meia-dúzia de cuecas e nos mandamos. Para preservar o segredo da localização do hotel, assim que entremos nas limosines blindadas que iriam nos transportar, fomos vendados por vendadores profissionais da escandinava, para que não pudéssemos, depois refazer o caminho para o hotel sem sermos convidados. Felizmente, quando chegamos ao aeroporto, a segurança achou estranho que estivéssemos vendados e obrigou nosso guia a removê-las de nossa face. Bem-feito, pensei eu.
Num dia desses estava me lembrando da saudosa Berlim. Não dessa Berlim de hoje em dia, mas da Berlim daquele tempo... Daquele tempo saudoso, que segundo os peritos, não volta mais.

A Berlim de um milhão de pessoas. Acima de tudo, a Berlim do hotel Metrópole... O hotel em cujo subterrâneo as festas mais loucas e ensandecidas aconteciam noite adentro... Ah, Berlim...

quarta-feira, setembro 27, 2006

Se a moda pega...

Se essa moda de divulgar videos de situações comprometedoras pegar, meu amigo... Conheço uma certa Associação que vai ter um material que não é brincadeira.

terça-feira, setembro 26, 2006

Que grata surpresa

Aquela segunda-feira parecia um dia normal. Os senhores podem muito bem imaginar como eu, uma pessoa como qualquer outra, me sentia naquele dia. Era uma segunda-feira, oras. É lógico que eu me sentiria melhor se fosse sábado. Mas em todo caso, eu estava lá. Não esperava nada daquele dia a não ser que em vinte e quatro horas ele terminaria.

Mas aquele dia não terminaria tranquilamente. Longe disso. Recebi, de um amigo, a notícia de que havia um video na internet da Daniela Cicarelli sendo comida (dando) na praia. Fiquei feito um tarado esperando para ver o tal video quando chegasse em casa. Demorou mas o vi. Sintomático.

O tal do video causou uma comoção nacional. Na opinião deste diário, falso moralismo. Afinal, que mulher que nunca sonhou em dar para o namorado na praia em Ibiza? Qual? Qual? Desconheço.

sábado, setembro 16, 2006

Vem Polêmica Por Aí

O jornal que mais trabalha na internet pede ao distinto leitor que desde já segure sua peruca. Vem polêmica e polêmica da grossa por aí. Está no ar o Blog do Pantera e se ele não for um blog bombástico, eu não sei qual pode ser.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Essas Luminárias Modernas e a Magia do Azeite de Oliva

No momento em que escrevo essas linhas (não posso chamar de nada mais do que isso), leio a seguinte machete desse tal de UOL: Federação pune Santacruzense por gol de gandula.

Eu me pergunto: E precisa? O time chamar "Santacruzense" já não é punição suficiente?

Essa questão à parte, que raio de gandula faz gol? Que raio de juiz (juíza, no caso) valida tal gol? Esses caras estão de brincadeira ou o quê?

No modo de ver o mundo do corpo editorial desse jornal, se já existe um clube chamado "Santa Cruz", não deveria ser permitido o registro de outro de nome "Santacruzense". Primeiro por que é um nome feio para burro e segundo por que, oras, já existe o "Santa Cruz". Que pensem em outro nome. Será assim tao difícil?

Ja não se fazem mais Mata-Borrões como Antigamente

É um sinal dos tempos. Mais do que isso, é um sinal que os tempos estão indo por um caminho questionável, que por quatro anos, no mínimo, não esqueceremos, como diria Vanucci.

Os senhores podem imaginar a dificuldade que uma pessoa qualquer encontra quando sai à rua para comprar um bom mata-borrão? Eles não existem mais! De repente, de uma hora para outra, num piscar de olhos, todos aqueles mata-borrões que estavam abarrotando as prateleiras das papelarias desapareceram! Haja paciência. Isso é um grandissíssimo desrespeito com os consumidores fiéis de mata-borrões (como este que vos escreve).

Perguntei ao Ariosto, meu alfaite (ou Al Faiat, como eles dizem lá) se além de confeccionar camisas ele poderia me fazer uma mata-borrão, mas sua resposta foi uma negativa solene e sonora.

É, amigo, tem coisas que infelizmente, só bebendo para esquecer.

O Silêncio de Budapeste e a Magia das Altas Altitudes

Dizem, vejam bem, dizem que está rolando por aí uma história esquisita, daquelas que não sempre, mas de vez em quando, acontecem. Parece que está um fuzuê por aí, todo mundo querendo saber do que se trata, um bochicho geral. Como esse jornal, que segundo todos os institutos de pesquisa consultados, é o mais trabalhador da internet, também faz parte da "midia" e se essa é a última moda, se essa é a última onda, nós também queremos estar nela.

Nosso amado chefinho nos mata a todos se ele descobrir que a Folha Noturna ficou de fora dessa. Chefinho é muito sensível a essas coisas que dizem respeito ao jornal dele. Portanto, distintos leitores, os senhores podem ficar com o coração tranqüilo que a Folha Noturna tambem está nessa. É um papo de altas transações, uma historia de uns esquemas por aí de uns e outros que com certeza vai dar o que falar.

Quando conheci Flemming O'Brian

Conheci Flemming O'Brian assim que cheguei em Istambul. Filho de pai espanhol e mãe italiana, quando o vi pela primeira vez estava conversando em grego com uma fluência que podia jurar que tinha vindo da exuberante (porém pequena) floresta tropical de Esparta.

Por acaso, viajamos juntos na transiberiana até quase Vladvostok, quando tivemos um pequeno problema na viagem e acabamos tendo que ser expulsos do trem. Mas até então a viagem foi extremamente agradável. Posso dizer categoricamente que de tudo isso que se publica na imprensa a respeito de Flemming, uma parte é verdade e outra não. Não vamos dizer que essa outra parte é mentira, longe disso. Não queremos nos comprometer. Apenas nao é verdade.

O'Brian tinha a curiosa mania de coçar a barba sem pedir licença. O fato de não possuir barba alguma talvez o tenha feito pensar que não havia nada de mais; o que era extremamente estranho, visto que em todas as outras situações era uma pessoa extremamente bem-educada e muitíssimo refinada. Certa vez, encontramo-nos para jantar. Eu pedi o meu bife de sempre, ele pediu salmão. Alguns segundos depois de feito o pedido, ele me disse que a roupa que estava usando não era a certa para se comer peixe. Pediu que eu esperasse enquanto colocava seu traje de frutos do mar. Disse a ele que camisetas regata de licra e cuecas samba-cançao com a estampa do Demônio-da-Tazmania podiam sim, muito bem, ser vestimenta apropriada. Principalmente depois de todo o trabalho que tivemos para que o deixassem entrar assim no restaurante. Ele não comprou a idéia e disse que tinha vindo daquele jeito porque estava com vontade de comer cordeiro mas havia mudado de idéia. Saiu com pressa. Em exatos 18 minutos estava de volta, desta vez trajando uma calça de sarja, blazer azul, sem camisa, mas com gravata. Que cara estranho.

Flemming, como ele gostava de ser chamado depois das seis e meia da tarde, teve um tórrido caso de amor com Lady Lamont, uma viúva francesa que estava conosco no trem. Muitos acharam que fosse uma tentativa (dele) de golpe-do-baú. Eu não. Como ele mesmo me confidenciou, é preciso amar muito uma pessoa para, mesmo não a suportando e querendo vê-la longe, se envolver com ela. O fato de ela ser uma das maiores fortunas deste lado do Atlântico, obviamente, passou despercebido por Flemming, que sempre foi, como eu, uma pessoa muito ingênua.

Uma Série de Pulgas Atrás das Duas Orelhas

Temo pelo pior. Como sempre. Continuo com a sensação de que há algo de indefinível no ar que me deixa tremendamente desconfiado. Um tipo de mau-pressentimento? Uma premonição? Nao sei. Questiono-me, mas não tenho resposta. É como se estivesse andando no fio de uma navalha. Extremamente desagradável e antiquado. Pouca gente usa navalhas hoje em dia. No meu tempo, a máfia cortava o seu pescoço com uma delas se você olhasse torto para o cara errado. Um tempo de romantismo. Um tempo em que se você matasse uma pessoa, você se preocupava, se escondia, fugia. Sabia que se bobeasse estava frito. Hoje mata-se da maneira mais banal. Esses tais de gangsta-rappers, traficantes, crime organizado, todos eles não sabem mais o significado da palavra "conseqüências".

Entretanto, não era meu plano tratar desse assunto. O meu plano era tratar da busca do ser-humano pelo inalcançável. Para minha sorte, muita gente já tratou desse assunto de modo que considero matéria-dada, como se falava no meu tempo. Ainda assim, entretanto, estou atormentado.

Ursinho de Dormir

Distintos leitores do jornal mais trabalhador da internet, é com um imenso desprazer que recebo a notícia que esse senhor Armandinho (?) teve a pachorra de "compor" mais uma música. A suposta canção chama-se "ursinho de dormir" e não passa de duas estrofes. É de tal forma primitiva e rudimentar que tem "versos" como "eu hei de conquistar, teu coracao durao demais, que nao quis pagar para ver" ou "e eu vou te levar para o céu, para onde você quiser, eu tenho um beck (sic) para depois".

Música ruim por música ruim, eu também sei fazer. Não é esse o ponto que perturba esse jornal. O fato de um "músico" de nível tão rasteiro fazer um sucesso tremendo é o que nos deixa com a pulga atrás da orelha. Minha esperança é que esse senhor se transforme em um tipo de Bidê ou Balde, uma banda tanto tempo a frente (ou atrás) de seu (nosso) tempo que tem que ser ouvida com todo um projeto auditivo.

quinta-feira, setembro 07, 2006

O Futebol e a Condessa de Battersea

Quando conheci a Condessa de Battersea, não sabia que ela era nobre. Achava, durante algum tempo, que se tratava de uma pessoa normal. Normal em termos, obviamente, já que ela é uma pessoa muito diferente, mas normal no sentido de que não imaginava que tinha sangue-azul.

Eu estava num boteco aqui perto tomando umas cervejas tranquilamente, enquanto o tempo passava, tentando ficar levemente bêbado, já que naquela época eu acreditava de fato que uma maneira mais feliz de levar a vida era através da alteração dos sentidos.

E eu estava lá. E ela também estava, mas até então não nos conhecíamos, logo isso não faz a menor diferença. Em certo momento, caminhei até o balcão para pegar uma cerveja e ela estava lá conversando com uma amiga que nunca mais vi. De repente, ela se vira para mim e com a maior naturalidade diz que me conhece. Eu, que além de estar já levemente embriagado, nunca acreditei nas mulheres depois do que Maureen me aprontou, disse prontamente que achava que ela estava enganada. Disse que mais do que achar, eu tinha certeza que ela estava enganada.

Ela não estava, como ficou provado logo a seguir. Ela sabia meu nome, minha profissão e onde eu morava. Interessante, já que muitas noites nem eu sabia tudo isso sobre mim mesmo. Segundo ela, descobriu tudo isso na agência de empregos pois ela estava procurando um motorista. Disse a ela que fez bem de não ter me contratado já que naquela noite, por exemplo, eu já ia me dirigir bêbado para casa.

Bom a conversa prossegui por aí e logo a amiga dela foi embora e eu só consegui saber seu (dela) nome depois de ela ter se retirado e já o esqueci. Mas a futura Condessa já tinha conseguido o seu motorista semanas e não era eu. Conversamos sobre todo tipo de futilidades, já que não sei falar sobre muitos outros assuntos além desse e descobrimos que nós dois queríamos ir à partida de futebol que se realizaria logo dali a alguns dias. Achei uma ótima idéia.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Folha Noturna de Cara Nova

Sim, distintos leitores, essa folha mudou. Atualizou-se. Modernizou-se. Esculhambou-se. Agora, novo visual, nova diagramação, novas cores, novos formatos, mas infelizmente, o conteúdo é o mesmo. É. Fui, de fato, uma mudança apenas para inglês ver (seh?). Mas foi feita. Não tem volta. O que está feito está feito. O que não tem remédio, remediado está.

O Reencontro - Primeira Parte

Estava ontem no hotel assistindo ao canal adulto, como todo dia, quando batem à porta. Ainda não tinha pedido o serviço de quarto. Não estava esperando a lavanderia. Não estava esperando nada de ninguém, na verdade. Praguejei. Pus uma calça e uma camiseta e atendi a porta com uma cara bem feia. Para minha surpresa, não era nenhum funcionário do hotel.

A pessoa se identificou como sendo um mensageiro da Rainha. Sim, da Rainha. Pelo jeito tinha acontecido alguma cagada muito grande e ela precisava me ver. Não acreditei no tal mensageiro e pedi uma identificação. Ele me mostrou uma que podia muito bem ser falsa. Liguei para o Palácio. Era legítimo. Fiquei surpreso. Não a via a muitos, muitos anos.

A última vez que vi a rainha foi no Píer 32, no porto de Budapeste e, logicamente, ela ainda não era chamada assim. Tinha dado mais uma das suas escapulidas para jogar poker e, digamos assim, se divertir com os rapazes. Naquele tempo, eu achava que minha carreira iria ser a de jogador de poker profissional, e quando ela se sentou conosco e perguntou se podia apostar com libras, eu e meus colegas achamos uma certa graça. Disse a ela em tom de brincadeira que só aceitaria suas (delas) libras quando o retrato dela estivesse nelas, não antes. Ela nao entendeu a brincadeira e mandou trazer um mala de dinheiro da Hungria. Jogamos muito e ela perdeu bastante. Terminamos o jogo e ela perguntou se eu queria me divertir.

- Boneca, acho que isso não seria uma boa idea.

Ela insistiu e eu acabei dizendo alguma coisa não muito educada sobre seu cabelo, de modo que ela ficou um pouco furiosa e foi se divertir com os rapazes. Nunca mais nos vimos depois disso.
O fato é que se voce tem um compromisso mas a Rainha quer te ver, voce muda sua agenda. Lá fui eu.

Macacos me Mordam

Preciso dizer que essa dieta à base de cerveja preta e batata chips pode não estar me fazendo bem em muitos níveis.

O primeiro deles sendo, como o distinto já deve ter adivinhado, o da saúde. Não deve ser muito bom para o estômago. Nem para o fígado. Nem para o rim.

O segundo nível estetico, já que a pessoa vai ganhando cada vez mais peso, e na sociedade de hoje, a magreza é sinonimo de beleza, não a gordura (com razão, na opinião deste).

O terceiro nível é o nível psicológico. Sim. E eu não cutuco essa tal de psicologia nem com uma vara de 10 metros de comprimento. As coisas comecam a ficar bem complicadas quando chegamos nessa seara.

Em síntese, acho que seria bom comer um arroz ou um bife de vez em quando.

Apple e Google, retrato de uma bela união

O periódico mais trabalhador da internet não poderia se esquivar de participar da polêmica que envolve a Apple e o Mr. Google, que agora faz parte do conselho administrativo da empresa.

Para começar, qual o endereço da sede da Apple?

1 Infinite Loop

Pois é, one infinite loop pois eu lhes pergunto se não é o sonho de todo cara de tecnologia ter esse endereço no seu cartão de visita.

É Carnaval em Notting Hill


É, amigos, é carnaval em Notting Hill. E o carnaval em Notting Hill não é, de modo algum, qualquer carnaval não. Fevereiro passa, passa Março, vão se passando os meses até Agosto, quando, aqui, começa o carnaval. Sim, amigos, sem dúvida que sim. É um carnaval de rua e é em Notting Hill. Os senhores podem imaginar. A discrição do leitor é aconselhada.

Plutão, Mapa Astral e outras Avenças

Recebemos, há pouco, a relevante pergunta de um leitor, preocupado com o rebaixamento de Plutão, se algo mudaria em seu (dele) mapa astral.

Sem dúvida. Muda muita coisa. De acordo com o astrólogo Simão Salventura, todos os que já fizeram um mapa astral devem refazê-lo. Os que nunca fizeram, é por que não acreditam nesse história mesmo, então podem ficar sem.

Segundo o astrólogo, que era taxidermista antes de sê-lo, quem era calmo agora é agressivo; quem era introvertido agora está um pouco mais extrovertido e quem gostava de ajudar as pessoas, agora acha que tem sempre razão.

E tem mais, segundo uma agência de notícias ucraniana que não vamos identificar, aquela bola amarela e brilhante, que fica no céu durante o dia e se esconde à noite e que faz a gente sentir calor quando brilha muito, ela não é mais Sol. Está ainda sendo decidido seu (dele) novo nome. Provisoriamente, entretanto, está sendo chamada de ACACDS (A Coisa Antigamente Chamada De Sol).

Plutão é logo ali - Itáááliaaaaaaaaaaaa!

Chegou ao conhecimento da redação do jornal mais trabalhador da internet (este), o verdadeiro motivo pelo qual Plutão foi rebaixado.

Gostaríamos de deixar bem claro que somos contra o uso político e polêmico de ciências como astronomia, astrologia, economia, estatística e esteticismo, entre outras. O cientista devia ser, antes de tudo, um animal não-político.

Entretanto, descobrimos, através de nossos correspondentes em Nova Friburgo, que a verdadeira razão pela qual Plutão deixou de ser planeta teria sido por ser o preferido de Geraldo. Golpe baixo. Preconceito.

Prestamos aqui nossa solidariedade a Plutão. Se ele deixou de ser planeta, qual o próximo passo? A Via Láctea vai deixar de ser Galáxia? O Brasil vai deixar de ser país? A Portuguesa vai deixar de ser time de futebol? É, amigos, quando se abre um precedente deste tamanho, quando se cria uma jurisprudência como essa, em síntese (seh?), quando se rasga a costura jurídica desta maneira, nas palavras de Galvão Bueno, haja coração.

E mais, o supostonome do astrônomo responsável: Fernando Vanucci.

Brincando de ser banda

Se há um banda que o crítico de arte desta folha não consegue gostar de jeito nenhum (além, obviamente, de "Depeche Mode") essa banda é "Tears for Fears". Quero distância!

O similar nacional dessa "banda" é o tal do "Biquini Cavadão". Dessa gostamos ainda menos. Primeiro motivo é a escolha do nome. Absolutamente infeliz ("ficou datado", dirão alguns). Isso, entretanto, não é assim tão grave. Há bandas de nome infeliz e boas. O problema com esse tal de "Biquini Cavadão" é outro.

Descoberta Arrasadora

Chegou à redação desse periódico de periodicidade indeterminada, uma bomba.

Segundo o Dr. Lindolpho Almofadado de Noronha, professor benemérito da Universidade de Boogie-Woogie, o sukiaky não é uma comida típica japonesa, mas sim uma criação do músico David Bowie (que, todos sabem, não é japonês nativo).

Essa descoberta, que já chega chacoalhando os alicerces da músico-gastronomia global, ainda não foi confirmada (nem rejeitada) pelo Primeiro Ministro japonês (e nem por ministros de outra ordem).

A opinião deste jornal é, na verdade, duas. A primeira é que, em verdade, esse senhor David Bowie é mesmo muito criativo. A segunda, é que para quem não gosta muito de peixe-cru, a melhor maneira de se iniciar na culinária japonesa é ainda o sukiaky. Muito obrigado pela atenção.

A África do Sul é logo ali

Se essa moda de trabalhar bêbado pegar, meu amigo, a coisa tem um potencial para ficar preta que passa longe de quaisquer projeções dos analistas.

A presepada seria tamanha que eu iria ter medo de sair à rua.

Itáliaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!

Entre presunto e mortadela, fique com os dois!

Se é verdade que esses tais de dinossaruos um dia dominaram a Terra, eu lhes perguntaria, ali no téte-a-téte, por que raios é que eles decidiram virar petróleo.

A pergunta é extremamente relevante, visto que se eles tivessem decidido virar, por exemplo, milk-shake, eu duvido que muitas dessas guerras aí que há a torto e a direito, principalmente nesse tal de Oriente Próximo, estariam acontecendo.

Sem dúvida, os dinossauros se precipitaram.

Algo de Sórdido no Ar

Há, por certo, algo de indecifrável no ar. Tenho procurado alguma resposta nos meios usuais, até agora, sem sucesso.

Nem mesmo Hollywood foi capaz de me dar uma pista. Sexo, drogas e tampouco rock and roll também o foram capazes. É um indecifrável com "I" maiúsculo. Talvez eu deva comprar uma lâmpada de luz negra. Não consigo deixar de pensar que sei quem tem a resposta: Jack Bauer.

Os Pebolins de Hortelã

Hoje, no corrente grau evolutivo da humanidade, depois de tantos e tanto gênios terem por aqui passado e deixad seu (deles) legado, após termos herdado todo o conhecimento acumuldado em todos esses anos, depois de subirmos nos ombros de gigantes, podemos ter certeza de uma coisa:

A cabeça do ser-humano é uma coisa muito louca.

A Eterna Corrida Contra o Tempo

Se há um conceito, uma dimensão da existência com a qual não consigo lidar, essa dimensão chama-se "passagem do tempo". É um conceito abstrato demais para uma pessoa tão apegada à matéria e ao prazer imediato como eu.

Um dia, e por muito tempo, eu usei agasalho de moleton com capuz. A utilidade do capuz, até hoje, me é desconhecida. Moleton não é exatamente um tecido impermeável.

Será que as apresentadoras de telejoral sabem que os homens fantasiam com elas?

Os Playlists de Côco

Quais são os segredos do Pastrami? como é ter um gêmeo idêntico? E por que tantos gêmeos casam com gêmeos? Pepino e Pastrami? Por quê, raios? São, de fato, muitas perguntas. Por onde anda minha professora de matemática?

Se os números tudo explicam, podem explicar porque nos anos 80 as pessoas se vestiam tão mal?

O Pastrami, para mim, é um dos maiores segredos do Universo.

O Doutor Helicoptero Mercury e sua Fantastica Maquina de Fazer Barulho

Certa vez, o nobre editor desta folha e amado chefinho comeu um tomate-seco de cera achando que era de verdade. E isso o que acontece com quem encontra nosso amigo pessoal e excelente figura humana, o dr. Helicoptero Mercury, pela primeira vez. Acham que se trata de uma dessas pessoas intrataveis, que tem o chamado rei-na-barriga, que anda de nariz empinado e coisa assim. Afirmamos categoricamente que se trata de um engano. Com o passar dos anos, todos gradualmente mudam de opiniao, e apos uns dez anos de contato diario, nao encontramos ninguem que ainda ache dr. Mercury um chato.

Trata-se de um exemplo de bom profissional e mais do que isso, um exemplo de futuro presidente da republica. Nao que nutra algum interesse politico, diga-se de passagem. Nunca foi sequer professor de literatura ou sindico, quem dira vereador ou deputado. Mas todos sabemos que o doutor seria um grande presidente da republica, se assim o quisesse. Nao tao bom quanto T. Cinelli, diga-se de passagem, mas ai a comparacao ja e covardia.

Um dos aspectos mais interessantes da vida do doutor, tirando seu nome (que e, de fato, nome e nao apelido) e a sua especialidade. Especialista em perturbacoes ou doencas do dedo anular da mao esquerda. E a opiniao desta folha que hoje em dia os medicos andam se especializando tanto que se um doente for a cinco medicos, significa duas coisas: primeiro, nao esta assim tao doente, senao nao teria tempo e disposicao para ir a cinco consultas; segundo, recebera cinco diagnosticos diferentes para a mesma enfermidade.

Mais um daquele tipo


E, amigo. O que se anda comprando de gato por lebre por ai nao e brincadeira. Este jornal, que todos os institutos de opiniao apontam como o mais trabalhador da internet, esta aqui para provar. Andamos comprando tanto gato por lebre que estamos escrevendo sem acentos para economizar tinta. E usando o minimo de maiusculas possivel para nao gastar energia com a luzinha do caps lock.

Tudo isso em virtude de uma operacao especulativa levada a cabo por nosso amado chefinho, que queria comprar muitas lebres, mas acabou sendo obrigado a formar um gatil. Sim, prezados leitores, aqueles animais que miam, os gatos, literalmente nao estao nem ai. Em primeiro lugar estao todos na casa de nosso amado chefinho, que nao teve coragem de abandona-los todos na rua e por ter esse enorme coracao que tem esta sustentando a alcateia felina em sua (dele) casa. Em segundo lugar, esses tais gatos sao animais um tanto quanto indiferentes a tudo mas comida. Como Ele ja dizia, um gato, para viver, so precisa ser gato. E uma pessoa? Pagar impostos, pegar transito, dormir cedo, e por ai vai...

Eleições 2006 - Apuração Online


Acabou o carnaval eleitoral da AACC. sr. Chris Cross presidente de novo. sr. Doninni vice-presidente. Sr. Cinelli, sr. Fumê, sr. Torres e o sr. Secreto para o Conselho. Esta folha teme pelo futuro da associação.

Numa eleição com o maior número de abstenções da história recente da AACC, o ex e atual presidente foi re-eleito para mais um mandato. Seu vice, é um dos ex-presidentes da Associação, sr. Donnini. Como eles dizem lá, "é preciso mudar para que tudo continue como está".

O grande destaque da eleição foi a presença do consultor técnico e comentarista político-econômico-esportivo, R. Sóbis. Sua (dele) presença foi fundamental para pôr certos pingos em certos "i"s associação. Sim, amigos, a AACC evolui e cresce com o tempo, apesar de alguns membros duvidarem disso. A entrevista na íntegra pode ser ouvida em

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As Alegrias de um Vencedor

Bem, amigos, sábado dia doze de Agosto foi um dia que ficará indelevelmente marcado na história do Jockey Club de São Paulo. Teve lugar o Primeiro Grand Prix AACC de Turfe 2006.

Foi uma noite comemorativa após a vitória nas urnas do ex, atual e próximo presidente da AACC, Sr. Cross. Mas se quem tinha motivos para comemorar era VHF que estava rindo à toa, após ter vencido o Grand Prix com seu cavalo (e com esse nome, de quem mais poderia ser) Festa VIP.



O mais extraordinário de tudo isso é que VHF chegou em segundo lugar, apenas um focinho atrás de Festa VIP.


Denúncia Anônima


O periódico que mais trabalha na internet (este) recebeu hoje, nas amplas, arejadas e modernas instalações desta nobre folha a visita de um estranho senhor.

Primeiro achamos que ela funcionário deste periódico, mas como ninguém aqui o conhecia, nem nosso amado Chefinho, ficou claro que estávamos enganados. Depois achamos que se tratava de parente ou amigo de algum empregado. Ás vezes, parentes e amigos chatos aparecem no escritório, e nós servimos cafezinho e bolachas para eles e eles são bem chatos mesmo. Também estávamos enganados. Assim, através de um sorteio de "dois ou um", mandamos um de nossos office-boys perguntar àquele senhor como poderíamos ajudá-lo. Ele disse que tinha muitas informações relvantes e exclusivas sobre uma certa eleição que se aproxima.

Não acreditamos, mas como não estávamos fazendo muita coisa naquele momento, decidimos dar ouvidos ao homem.

Este senhor, que preferiu que seu nome fosse mantido no anonimato, é, de fato, um arquivo-vivo das condutas de ética duvidosa na corrida rumo à rua do Símbolo, casa 9. Sim, amigos, para chegar à Presidência ou ao Conselho, segundo este senhor, vale tudo.

Este senhor teme por sua segurança e por sua integridade física. Assim como todos nós tememos, nestes tempos em que o primeiro comando da capital comanda com mão-de-ferro, mas também porque teme represálias vindas dos atuais canditados.

Se este senhor der com a língua nos dentes e de fato falar o que sabe, essa eleição vai ser TNT pura.

Momentos Íntimos

Prezado leitor, como era de se esperar, a volta à circulação deste que é o periódico mais trabalhador da internet já criou polêmica na comunidade editorial brasileira. Como foi muitíssimo bem explicado, a circulação desta nobre folha foi interrompida em virtude de nosso editor-chefe e amado chefinho ter sido temporariamente privado de seu direito de conviver em sociedade.

Isso posto, cumprida a pena, chefinho, que não é muito de tirar férias, voltou imediatamente ao trabalho e mandou chamar todo o corpo editorial desta folha, constituído por mais de 430 jornalistas ao redor do Brasil e mais outro tando de correspondentes ao redor do mundo. Àquela altura, todos já haviam se arrumado em outro lugar, já que é preciso ganhar dinheiro para pagar as contas. Imediatamente, todos pediram as contas e a Folha Noturna orgulhosamente pôde reabrir suas portas.

Agora, estamos sendo acusados de estar beneficiando este ou aquele candidato no processo eleitoral da AACC. Obviamente isso não é verdade. Esta imparcial folha tem por hábito ficar em cima do muro nessas questões, até o primeiro candidato abrir o bolso, coisa que ainda não aconteceu. Como se fosse pela opinião desta folha, grande parte dos cargos hoje eletivos deixariam de existir. Qual a diferença entre 4, 3 ou 2 conselheiros? Visto que os 4 conselheiros hoje só trabalham de terça a quinta, dois conselheiros trabalhando a semana inteira conseguiriam entregar a mesma coisa.

A única razão pela qual entendemos se tratarem de quatro, na verdade, são duas. A primeira delas é a mítica do número quatro (e dos quatro quatros). Sem dúvida o presidente sabe muitíssimo bem do que estou falando. A segunda seria a manutenção da pluralidade de pontos de vista no Conselho. Concordaríamos com isso se os quatro conselheiros participassem do dia-a-dia da associação, mas não parece ser o que acontece. Para mim, o Presidente hoje exerce funções que são do Conselho, em virtude da passividade deste último.

Enfim, não gostaria de me estender muito sobre esse tópico no momento. No momento gostaria de entender qual lei vai vigorar nas 24 horas que precedem o pleito. Será a Lei Seca, segundo a qual é proibido o consumo de bebidas alcoólicas nesse período, ou será a Lei Molhada, segundo a qual é proibido que não se consuma a mesma categoria de bebidas no mesmo período.

A opinião deste jornal é que, para clarear as idéias, todos os eleitores deveriam, antes de ter acesso à cédula, beber um turbilhão. Pronto. Um turbilhão obrigatório e mais quatro facultativos. Tomou, está livre para votar. Não tomou, não vota. Não temos dúvida que isso feito, a lisura do pleito estaria garantida.

Trânsito Recorde

Como se já não bastasse o calamitoso trânsito de São Paulo ser suficiente para deixar qualquer um louco, agora o motorista ainda tem que se decidir se é mais seguro trafegar pela República do Líbano ou pela Estado de Israel. É, amigo, haja GPS.

Sincera Homenagem


É amigo, esse drink criado pelo nosso amigo rapidamente se tornou um dos nossos favoritos e hoje está nos cardápios de todos os grandes restaurantes da cidade.

Várias doses desse drink, quatro pessoas, um dvd player e uma cesta de esquenta e está aqui uma pequena amostra do que pode surgir quando se menos espera.

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Sempre trate bem as mulheres

Dormindo, escuto alguém batendo à porta. Finjo que não é comigo, apesar de ser a porta da casa onde moro. Quando a porta está quase caindo, só aí é que consigo acordar. Demoro mais um pouco para entender o que está acontecendo. O relógio marca quatro e quinze e a não ser que eu estivesse em outro país, não era hora de estar fora da cama.

Calço minhas chinelas e vou atender a pessoa muito mal-educada que não pára de bater. Pelo olho mágico reconheço Stuart. Abro a porta, xingo-o bastante e finalmente pergunto o que ele está fazendo ali. Ele diz que voltou a jogar poker. Perdeu muito e pegou dinheiro emprestado para tentar se recuperar. Perdeu mais. Agora uns brutamontes vieram cobrar a dívida. Stuart sempre foi um parasita safado. Mas meu amigo. Eu, por minha vez, sempre fui um sentimentalóide barato. Pior para mim.

Pergunto quanto ele precisa e ele diz "cinco paus". Pergunto até quando e ele diz "hoje". Onde vou arranjar cinco pilas para ele esta hora da noite? Na minha casa é que não ia ser, o aluguel estava tão atrasado que se houvesse algum lá dentro o inquilino já teria descoberto. Falo para Stuart que infelizmente não vou poder ajudá-lo. Está tarde e amanhã tenho aula de mandarim arcaico. Ele não acredita e começa a choramingar. Maldito seja Stuart e todos os seus antepassados e eventuais descendentes.

Minhas pantufas devem valer uns cinco paus, mas infelizmente, não tenho mil delas, é o que eu digo e ele não acha graça. Nem eu, para ser sincero. "Como é que você acha que eu arrumara cinco paus para você? Se eu tivesse como arrumar cinco paus já teria arrumado para mim!". Isso faz todo o sentido mas Stuart nunca se importou com o sentido das coisas. Era o início de uma longa, longa noite.

Eleições 2006 - Vota Brasil

Ontem os ânimos eleitorais se acirraram novamente. Sim, em uma semana, o pleito. A última vez em que vi o membros da associação tão em polvorosa (seh?) foi na véspera da final do concurso camiseta molhada 2205. Começa. E acho que não termina bem. Parece que vai ser a eleição mais calma, a transição mais civilizada dos últimos tempos, mas algo me diz o contrário. Resta esperar para ver.

É... Parece que aconteceu alguma coisa

É com enorme satisfação que o editor desta folha, que fez história na históra da imprensa brasileira, retorna à redação.

Depois de quase um ano de afastamento, em virtude de um pequeno enrosco com uma garota menor de idade que rendeu a este que vos escreve alguns meses de pena a ser cumprida em presídio de segurança (mínima, é bom que se diga), a Folha Noturna pode dizer que cumpriu sua pena.

Repelimos veementemente a acusação de que sabíamos que garota era menor de idade e achamos que tudo isso não passou de perseguição política e ideológica, por isso não achamos que quitamos nosso débito para com a sociedade, mas sim que agora temos um crédito e esperamos que a sociedade logo quite esse débito que tem para conosco, já que ninguém goste de ficar devendo. E que de preferência faça isso em dinheiro, já que agora teremos que trabalhar novamente para nosso próprio sustento.

A Internet no Século XXI

Há muitos periódicos preguiçosos na internet. Não é o caso deste. Este é o periódico mais trabalhador da internet.

Essa nobre folha, que vem ocupando cada vez mais um lugar de destaque na mídia impressa brasileira recebe, diariamente, inúmeros convites para todo o tipo de festas, eventos, encontros e o diabo a quatro. Na maioria deles, não comparece. Não por falta de redatores mortos-de-fome que adoram uma boca-livre, mas sim porque gosta de se fazer de difícil. Para outros, quando a concentração de belas mulheres é alta, manda seu colunista social e seu fotógrafo.

Há algum tempo, recebemos um convite que absolutamente não poderiamos recusar. Esse douta gazeta, o único periódico de periodicidade indeterminada da internet, recebeu o convite para realiza a cobertura da Quinta Edição do Trófeu Esquilo de Prata de Pelota Basca.

Tal evento reuniu a nata da sociedade brasileira em torno de uma causa gloriosa, a Pelota Basca. Toda a sofisticação da alta-roda dos bem-nascidos brasileiros está documentada na cobertura que nosso reporter Lindolfo Açafrão brilhantemente realizou. Um encarte especial, que virá encartado na próxima edição de Folha Noturna trará todos os detalhes do evento que foi a coqueluche do momento do jet-set brasileiro.

Sobre a teoria neo-existencialista e o materialismo histórico sob o domínio da fast-food: Uma nova abordagem

Que história é essa que mortadela é comida de boteco? Quem disse isso? Só porque tem uns círculos de gordura branca no meio não pode ser uma iguaria? Mas o que é que é isso, meus senhores? Para onde é que esse mundo vai? Quem aqui pode dizer que nunca se deliciou com uma boa porção de mortadela com limão ou com um sanduíche de mortadela e requeijão no pão francês regado a muito café-com-leite?

O que eu venho dizendo a todos esses supostos intelectuais é isso: "Basta!". E o que dizer dessas pulseirinhas amarelas que habitam os pulsos das pessoas por aí. Basta!

Enquanto isso, os girassóis da rússia continuam esvoaçantes ao vento e giratórios à luz do sol. Meu desprezo pelos seres-humanos cresce a cada dia. Será que há algo errado comigo? Há um torcicolo que me incomoda muito. Não sei de devo olhar para o lado que dói ou para o lado que não dói. Muitas dúvidas pairam sobre minha cabeça. Entre elas, o que terá acontecido com o homem-morcego?

O Relato dos Trágicos Acontecimentos da Noite de 11 de Novembro de 1997 - A Pior Noite de Moses T. Johnson (peça em um ato)

Mesmo agora, anos após os acontecimentos que serão relatados a seguir, minhas mãos tremem ao lembrar daquele dia.

Era seis horas da tarde. Tecnicamente, entretanto, a noite havia acabado de começar. Eu estava no escritório. Não fazia idéia de para onde seria levado no decorrer dos acontecimentos daquela noite. Naquele momento, ainda estava no escritório. Terminando algum tipo de relatório. Na última reunião de departamento, sugeri que trocassem a máquina de café por uma máquina de relatórios. Não foi umas das propostas mais bem recebidas. É difícil, para um homem à frente de seu tempo, como eu, já que deixava meu relógio exatamente 15 minutos adiantado, ver suas idéias recusadas.
Em todo caso, lá estava eu, terminando os últimos relatórios. Fui grampear um deles e um susto. Para o meu horror, não havia grampos. Olhei ao redor. Ningúem por perto. Sexta-feira, pensei. Nervosamente, começei a remexer em minhas gavetas. Nenhum grampo. Havia deixado meus grampos sobressalentes em casa. Recusei-me a pegar 45 minutos de trânsito para recuperá-los.

Procurei em outras mesas. Nada. Furtivamente, adentrei a sala da chefia e um exame cuidadoso revelou um reluzente grampeador bege e preto sobre o qual avancei com a fúria de um gerreiro sedento de justiça. Grampeei vigorosamente meu relatorio sobre a evolução de algum indice que insistia em ficar subindo e descendo mas o grampo entortou. O ódio me fez o sangue subir à cabeça. grampeei mais vezes. Nada. Nem golpes de caratê certeiros fizeram com que aquele instrumento maldito funcionasse. Por um instante tive impetos de arremessá-lo contra a janela. Substituí o grampo por um clip e, maldizendo tudo e todos fui embora rapidamente com a intenção de embriagar-me.

Baixaria Inaceitável

Esse periódico vem sofrendo críticas de toda sorte. Críticas a respeito de sua (dele) periodicidade que existe, ainda que indeterminada; críticas acerca da suposta queda de qualidade das matérias aqui publicadadas e, mais ainda, críticas a respeito de certas matérias que deveriam ter sido publicadas e não foram.

A esse respeito o corpo editoral dessa afamada folha só tem uma coisa a dizer:

Basta!

Fitzgerald

A incompletitude humana, em particular a minha, anda me incomodando muito ultimamente.

John Travolta sobre Bilhetes de Metrô

Eu estava tranqüilamente tentando passar roupa naquela tarde de domingo, na verdade não tão tranqüilamente, já que eu não estava me entendendo com aquela maldita tábua de passar. Passar umas calças ainda dá, mas tenho dúvidas de que seja possível passar uma camisa. É um trabalho muito, muito técnico. Mas o fato é que eu estava lá tentando aprender. Quando em dúvida, apertava o botão do vapor e prometi que na próxima vez iria levar a tábua para dentro da sauna para ver se a coisa ficava mais fácil.

Pois eu estava naquela atividade prosaica (e tenho percebido que a maioria das minhas atividades assim o são) quando toca o telefone. Rob me chama para uma cerveja. Aceito encontrá-lo depois de terminar o trabalho doméstico.

Meia hora depois, estou a caminho do metro naquele início de noite de domingo. Noites de domingo sempre me despertaram, no fundo, bem no fundo, um mau pressentimento. Sim, uma segunda-feira inteirinha esperando por você dali a algumas horas não pode ser boa coisa. Isso me fazia caminhar com passos mais apertados, às vezes olhando para trás, só para confirmar que ninguém estava me seguindo. Normalmente, ninguém me segue, mas sempre é bom ter certeza. Certa vez um cachorro me seguiu. Situação embaraçosa.

Pego o metro e quando passo meu bilhete percebo que é o último de um múltiplo de duas viagens. Blasfemo.

Inauguração da Nova Sede Social

Este blog, que já foi o mais trabalhador da internet e hoje continua sendo, vem informar aos seus leitores e às dezenas de anunciantes que mudou de sedes social. Outrora sito no bairro dos Jardins, esta Folha ouviu o apelo dos leitores mais jovens, que não mandam cartas à redação, mas sim e-mails, e se mudou. Não colocaremos aqui o novo endereço para que nossos credores não nos encontrem, mas agora, em instalações maiores, mais arejadas, mais modernas, nossas prensas poderão trabalhar com alvará da prefeitura até a noite e nossa redação poderá acomodar um número muito de reporteres. Se você é uma reporter com erre maiúsculo, daquelas que não treme diante de uma grande reportagem, seu lugar é na Folha Noturna.

Esse Mundo Lírico e Confuso


O mundo atual é muito confuso e louco. Sim, vivemos numa época em que devemos estar preparados para tudo, nunca sabemos de onde pode vir a próxima surpresa, o inesperado pode estar atrás de cada porta.

Muito confuso e louco mas maravilhoso.

Às vezes, muito raramente, o destino nos guarda algumas poucas surpresas que quando acontecem fazem você parar e se perguntar se o que tem feito da sua vida até então de fato é importante.

Idéia para um conto


Homem acorda e percebe que está dentro de balão de ar-quente, sobrevoando o deserto. Desesperado, porque além de não saber como dirigir a coisa morre de medo de altura, quase morre do coração. O tempo passa e ele começa a se sentir um pouco solitário. De repente, percebe uma série de mulheres nuas, montadas em unicórnios, percorrendo o deserto. Tenta manobrar o balão para ir na mesma direção. Chegando lá, percebe que todas as mulheres já envelheceram e têm a idade de sua avó. Curiosamente, a idade avançada não as impede de continuar sem qualquer sorte de vestimenta. Procura alguma coisa para comer e, horrorizado, descobre que lá so se come bolo de carne com suco de tomate. Tenta fugir, mas não gosta de caminhar e tem muito medo de voltar ao balão. Vai dormir e ao acordar percebe que foi transformado numa saboneteira.

Hard Times

O mundo está mudando depressa demais. As escolas para estenógrafas rareiam a cada dia. A tensão, a cada dia, está mais palpável no ar e às onze horas não há mais viva alma nas ruas de Varsóvia.

Há algumas noites, acordei suando frio e completamente desorientado e confuso. A dor de cabeça indicava, sem sombra de dúvida, que eu havia bebido, e muito, na noite anterior. Beber muito, e por muito eu quero dizer muito mais do que se deve, não é nada bom. Suava muito. Ouvi um barulho que pareceu ser de alguém, ou alguma coisa, andando pela sala. Torci para que fosse uma linda mulher ou pelo menos um rato, mas não um homem. Levanto e depois de achar a porta com uma relativa facilidade, na sala percebo que o barulho vinha, na verdade, do meu estômago. Havia ainda muita bebida alcoólica nele. Fui ao toalete e esvaziei-o. Depois de tremer muito, senti um certo alívio.

Se, naquele momento íntimo, tinha certeza de alguma coisa, era que eu era uma pessoa com muitas, muitas fraquezas emocionais.

A Incrível História das Castanhas-de-Caju Sem Fio

Acordei com algum mentalmente débil tocando a campainha de casa. Maldisse-o e a todos os seus antepassados. Acordei sobrassaltado imaginando que notícia trágica não poderia esperar até os primeiros raios de sol do dia seguinte. No caminho, chutei o batente da porta. Blasfemei. E não foi pouco. Manquitolando, chego até a porta e pelo olho-mágico vejo meu amigo Eurico.

Abro a porta fazendo o pior rosto que consigo, para que ele perceba que acordar alguém no meio da noite não é a maneira mais razoável de conseguir uma recepção calorosa de ninguém, exceção feita, talvez, aos guardas-noturnos, aos insones e aos bibliotecários, categorias às quais venho a não pertencer.

Perguntei o que ele queria e jurei para mim mesmo que se ele perguntasse se eu estava dormindo eu iria partir para o uso da força. Ele perguntou por onde andava Constâncio. Eurico e Constâncio eram grandes amigos, até que se tornaram inimigos biliares. Obviamente, por dinheiro e, acima disso, por um belo par de seios, eles se desentenderam e passaram a se odiar. Para mim esse ódio era tudo uma grande besteira e eu tinha certeza que cedo ou tarde, quando um cansasse de querer entubar o outro eles fariam as pazes.

Disse-lhe que, evidentemente, na minha cama é que Constâncio não estava, já que a única vez que dividimos uma cama foi naquele acampamento na faculdade em que ele, Eurico, dividiu a cama com a saudosa Maria Luíza. Perguntei-lhe por que cargas d'água ele queria falar com Constâncio a essa hora da madrugada e ele me disse que dessa vez ele (Constâncio) havia passado do limite e aplicado o velho golpe de se endividar até os cornos no poker e garantir que Eurico pagaria tudo em seu (dele) lugar.

Eurico estava furioso e senti que meu dever de amigo era tentar fazer com que ele voltasse à razão e a pesar com clareza e disse-lhe que Constâncio era um grandissíssimo de um cachorro safado e que se fosse comigo iria pegá-lo de porrada. Eurico concordou comigo e proferiu impropérios de toda ordem contra Constâncio. Eu, particularmente, sempre achei Constâncio um dos meus amigos mais engraçados, a começar por seu nome que sempre me fez rir (quando pronunciado em voz alta), mas devo confessar que quando Eurico me falou do tamanho da naba que Constâncio havia deixado, tive que dar razão para este ex-professor de educação física para alunos do ensino fundamental.

Grandes Momentos da CPI

Essas CPIs de hoje em dia que acontecem por aí, com transmissão ao vivo e tudo mais além do seu papel investigativo também teminam por ter o importante papel de trazer à tona momentos de brilhantismo da nossa gloriosa história da política. O jornal que mais trabalha na internet lembra alguns:

"... porque o senhor, senhor Marcos Valério, o senhor é uma lavanderia ambulante."

"Senhor Sílvio Pereira, o senhor é cliente da loja Daslu?"

"Senhora Simone Reis, vossa senhoria conhece uma cafetina de nome Jane?"

Contabilidade: Uma Nova Visão

Do jeito que aumentam as coisas não contabilizadas, dinheiro não contabilizado, salário não contabilizado, esposa não contabilizada e tudo mais, muito em breve a profissão de contador acabará.

Consta que a procura por cursos de não-contabilidade tem aumntado muito na capital federal.

Há algo de não-contabilizado no Estado do Brasil.

Os integrantes do MSC (Movimento Sem Contabilização) agendam (informalmente, é claro) uma manifestação de apoio ao governo em Brasília.

Vaca Louca

Do jeito que o preço do leite aumenta, as vacas devem ter melhorado muito seu (delas) padrão- de- vida.

O Farsante

É com muita satisfação que essa Folha tem o prazer de noticiar a saída do senhor Rubens Barrichello da equipe Ferrari e sua ida para a BAR.

Esse senhor foi um péssimo exemplo a todos os futuros pilotos brasileiros e a todo o mundo pois sempre colocou o dinheiro acima da vontade de ser campeão.

Sua passagem apagada e acomodada pela Ferrari lhe rendeu fortuna mas não glória nem grandiosidade. Ao contrário, ao firmar e manter por anos um contrato com a (desnecessária) cláusula que o obrigava a dar passagem ao primeiro piloto da equipe, esse senhor abriu mão do sonho de ser campeão em troca de mais alguns milhões de dólares. Ao mesmo tempo, ao sustentar a mentira que, ano após ano, estaria lutando pelo título, insultando a inteligência de quem o ouvia, esse senhor ganhou o desprezo desta folha.

Chefinho Homenageado

Nosso nobre e amado Chefinho recebeu, em cerimônia solene ocorrida no dia cinco de Agosto do corrente, das mãos de seu próprio Presidente, o título de sócio benemérito da Associação Amigos do Chris Cross.

Chefinho, o amado, não sabe exatamente porque lhe foi concedido tal título, mas com certeza fará questão de usá-lo, ainal, não é todo dia que se é Benemérito.

Chefinho, o querido, convocou uma enorme coletiva de imprensa para publicamente agradecer ao prêmio, onde teve oportunidade de aifirmar: "obrigado, muito obrigado". Se Chefinho agradeceu, é porque está agradecido mesmo. Ele é sincero. Não é como uns e outros por aí que falam qualquer coisa da boca para fora.

Chefinho, que chefia esta gazeta com mão-de-ferro mandou enquadrar seu mais recente título de nobreza e solicitou a Josias, nosso pedreiro particular, a construção de uma nova parede na redação com o exclusivo propósito de abrigar o quadro.

Happier Times

Tudo tem limite

Essa nobre gazeta, que além de ser a mais trabalhadora da internet também é do tempo em que ensaio era uma coisa que vinha antes de uma apresentação, vem a público pedir, implorar e suplicar à ex-secretária que caia em si. Senhora Somaggio, por favor, não nos ofereça sua nudez. Ofereça seus serviços profissionais, ofereça o que sabe a respeito desse mar-de-lama, mas não ofereça seu corpo nu.

Por favor, não. O amado Chefinho é assinante da revista, não terá como não recebê-la.

It's coming up on August 4th!

Sim, senhores leitores, dia 4 (quatro) de Agosto é o aniversário de fundação desta nobre folha, o jornal mais trabalhador da internet (e por uma feliz coincidência, o aniversário de nascimanto deste humilde redator).

A comemoração do aniversário de fundação desta gazeta acontecerá em um lugar muito chique e sofisticado. Uma festa para centenas de pessoas, com a presença de um sem-número de personalidades do Brasil e de fora, sendo que estas últimas terão todas as suas despesas pagas para nos brindar com sua presença em nossa festa. Lá, serão servidos por mais de 400 (quatrocentos) garçãos, de todas as nacionalidades, cuidadosamente selecionados para refletir exatamente a distribuição étnica do nosso planeta. Haverá mais garçãos asiáticos do que gostaríamos.

Os quitutes, que serão servidos fartamente, afinal em toda grande festa sempre há um grande número de mortos-de-fome que adoram um boca-livre, serão preparados pelos mais celebrados chefs da atualidade. Dentre eles, podemos destacar Paulo Pacheco, grande estrela da cozinha contemporânea do bar do Bigode, estabelecimento renomado onde a equipe desta folha frequentemente faz suas refeições. Seu (dele) comercial é o comercial mais pedido da região e como ele cobrou um cachê bem baratinho, não podíamos esquecê-lo na nossa comemoração.

Nosso premiado e amado Chefinho, dono de um insuperável poder de síntese (somente superado por Roger, no verso "a gente somos inútil") preparou um breve e polêmico discurso para dar ínico às festividades na quinta-feira. Em uma hora e quarenta e cinco minutos, Chefinho discorrerá não apenas sobre a atual situação no Brasil e no mundo, como também fará um pequeno retrospecto geopolítico do planeta desde a época em que os dinossauros dominavam a Terra.Do mundo musical, muitos exponentes e ícones foram convidados a apresentar suas performances na festa. Todos os que responderam, polidamente recusaram-se a comparecer, mas temos certeza que a atração musical da festa será algo digno de nota (pelo menos digno de nota musical, esperamos).Enfim, esperamos que todos os senhores convidados se divirtam sobremaneira em nossa humilde comemoração e adiantamos desde já que as eventuias sobras da festa poderão ser levadas pelos convidados, na forma de "pratinhos" para que sejam degustadas depois de amanhecidas em suas casas.

Capuccinos D'Além Mar

Ainda que faça todo o sentido que uma pessoa não seja obrigada a gerar provas contra si mesma salvo se na condição de destemunha, para esta Folha não deixa de ser uma imoralidade essa sucessão de habeas corpi (?). Vá e minta o quanto quiser com a nossa permissão, é isso que estão dizendo os ministros do STF. Falar ou não a verdade passa a ser um mero detalhe protocolar.

Mais um Podcast

O episódio 2 já está disponível. Você precisa estar muito sem o que fazer para ouvi-lo.

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Delubiar

Se já existe "malufar", este jornal tem certeza que em breve também teremos "delubiar". Hoje foi seu (dele) depoimento. Um senhor muitíssimo do safado, somos obrigados a dizer.

Reflexão Indesejada

Em algum lugar do mundo, a essa hora, há alguém tomando um whisky.

A Inesquecível CPI

Sílvio Pereira, prestando depoimento na CPI foi perguntado se era cliente da loja Daslu. Que raio de pergunta é essa? É para dar audiência, para fazer o público de palhaço - palavra que estava na lista das palavras politicamente incorretas da finada apostila do governo (que não trazia a palavra "mensalão") por ofender os profissionias do circo - ou para quê?

Enquanto isso, vem a público a bombástica revelação que o nome do ex-tesoureiro do Partido Liberal é Jacinto Lama (desse jeito mesmo). Ironia, definitivamente, não é uma carecterística que falta ao destino.

Essa nobre folha teme pelo seu (nosso) futuro pois está cada vez mais próximo o dia em que a PF baterá ás nossas portas, com metralhadoras (entre outras ferramentas) em riste, para levar todo mundo para o xilindró. Em tempo, nosso colunista social nos informa que depois da operação narciso dezenas de outras lojas de luxo estão pedindo à PF que também sejam alvos de operações do mesmo quilate, já que não querem ficar atrás da Daslu no competitivo mundo dos negócios. Algumas delas, segundo fontes, estariam parando de pagar seus impostos para que as batidas aconteçam o mais rápido possível.

Para Pagar a Conta da Net

Foi com um misto de orgulho e vergonha que este jornal, o mais trabalhador da internet, ficou sabendo que o dinheiro suado que obtido através de trabalho honesto e entregue ao governo para que as crianças seja alfabetizadas e futuras leitoras desta folha está indo para pagar a conta da televisão a cabo da esposa de um conhecido ex-presidente da câmara dos deputados. Ainda se fosse para pagar a conta do círculo do livro, vá lá, mas da TV a cabo?

Os Armazéns de Francisco

Mais uma vez essa nobre folha foi convidada para fazer parte da comitiva que viajou com o Excelentíssimo Senhor Presidente da República para a França.

Ao receber o convite, nosso amado Chefinho respondeu prontamente ao primeiro-homem que de modo algum mandaria um jornalista daqui. Depois de contemplar por uma fração de segundo a cara de bobo de José Ignácio, o querido dono deste jornal afirmou que como essa digna folha mantém na França um correspondente exclusivo, ele teria não apenas a chance de justificar seu salário (do correspondente) como poderia inclusive ir buscar o Presidente no aeroporto e fazer o traslado até o hotel, gentileza que foi delicadamente recusada pelo comandante da Nação.

Na França, acompanhando o Presindente, nosso correspondente teve que se explicar sobre o castelo de Chantilly, sobre "dinheiro não declarado" e sobre Rubinho Barrichello. Tudo para não iniciar uma crise de proporções inimagináveis. Junto com o presidente, tomou muita champagne, cognac e outras bebidas alcoólicas de difícil escrita mesmo sóbrio e de difícil pronúncia depois de bêbado.

Afora o acima exposto, nosso correspondente Luc Tessier ainda fez o favor de tirar algumas fotos do Presidente e da Primeira-Dama em alguns pontos turísticos de Paris bem como pagou-lhes um croissant. Fica aqui nosso agradecimento a Luc belo brilhante trabalho junto ao homem-forte da nação.

Crítica Literária: Os Pães-de-Queijo do Além

"Os Pães-de-Queijo do Além" é uma obra com características de realismo-fantástico. Seu autor, obviamente influenciado por José Sarney em "Marimbondos de Fogo", tenta construir uma estrutura através da qual explica não só o Brasil, mas também o mundo e o Universo. O autor se esquiva da discussão acerca da finitude do universo, mas chega à conclusão que a busca do homem pelo inatingível nada mais é do que uma questão de feromônios.

O personagem principal, do qual não sabemos o nome (é chamado sempre de "Brother") é um tipo que nos lembra Sir Lancelot. Não pela nobreza ou pela coragem mas por que Sir Lancelot era daltônico (ver "Sir Lancelot: Um Touro em preto-e-branco"; Ed. SEH, 1145 págs.). "Brother" através de seus percalços pela floresta tropical escocesa, nos faz refletir sobre a natureza humana e sobre como nós somos todos iguais.

Devemos portanto, atribuir ao autor, Sr. Elibasto Vinagrete, o mérito por ter superado a obra "Marimbondos de Fogo", em forma e em conteúdo. Ainda que possamos dizer o mesmo que qualquer gibi da turma da Mônica, não deixa de ser um elogio.

Podcast do dia

Prezados leitores, o referido arquivo apresenta inúmeras falhas, na forma e no conteúdo. Entretanto, sendo este o único podcast que recebemos em nossa redação hoje, é a nossa recomendação de podcast do dia.

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Feroz Reação

Este nobre periódico, na pessoa de seu editor, tem recebido uma série de respostas ao Editorial "Sinais de Insatisfação", publicado abaixo.Gostariamos de deixar claro que este jornal, nos seus mais de trinta anos de jornalismo investigativo, nunca recebeu, não recebe e nem nunca receberá "mesadões", "mensalões" ou congêneres. A única contribuição pecuniária que recebemos é aquela que vem de você, prezado leitor, contente com a qualidade da informação e com a credibilidade desta folha.Segundo denúncias recebidas recentemente, as provas de que alguns dos conselheiros da A2C2 movimentam objetos das mais diversas naturezas em suas cuecas é forjada. É uma denúncia grave. Ainda que tais provas tenham sido obtidas e confirmadas por mais de uma fonte, nosso núcleo investigativo já foi acionado. Essa Gazeta não será um peão no grande jogo eleitoral que se aproxima.

Sinais de Insatisfação

Ontem, o editorialista deste insigne diário foi convidado a comparecer ao jantar beneficente em cortesia ao preclaro advogado Thiago Donnini, encontro que teve lugar numa conhecida casa noturna no bairro do Itaim.

Em meio às sucessivas homenagens que se sucediam, tomei conhecimento do lançamento de uma assim chamada "chapa" para concorrer à iminente eleição da A2C2. Sinais de insatisfação com a atual administração.

Há tempos, esta nobre folha vem recebendo denúncias de corrupção da grossa entre os conselheiros dessa associação. Como somos um jornal muito sério, não publicamos nada enquanto não obtivemos provas concretas, cabais e irrefutáveis de que, de fato, alguns dos resentantes eleitos diretamente pelos sócios não passam de bestas-fera num picadeiro. Fato é, leitores deste jornal, que o núcleo investigativo dessa gazeta teve acesso a essas provas e agora não nos resta sombra de dúvida que enquanto nosso presidente tentava colocar um pouco de juízo na cabeça do presidente americano, muito dinheiro público foi movimentado por baixo do pano para alguns conselheiros.

Basta dizer que essa prática de transportar dinheiro na cueca, levando o termo "lavagem de dinheiro" às últimas conseqüências, não é nova e já vinha sendo usada por conselheiros desta douta associação. Como pudemos apurar, não apenas dinheiro foi transportado nas cuecas de conselheiros mas também objetos de toda natureza, como garrafas de bebida, volumes de enciclopédias, abaixo-assinados, arranjos florais e rádios AM-FM. Disponibilizamos tais provas às autoridades relevantes e agora só nos resta trazer ao público essas denúncias.

Não comentaremos aqui a respeito da relação do presidente com a primeira dama pois não somos uma revista de fofoca que trata da vida de celebridades. Somos, sim, o jornal mais trabalhador da internet e não uma dessas revistas que publicam fotos de jogadores urinando em vasilhames.

Fica claro para nós que os associados precisam da voz, da visão, da presença do presidente para lhes fortalecer a fé no futuro de cada um deles e da associação. Ao contrário do que talvez tenha pensado o presidente, a associação não consegue sobreviver sem ele. Senhor presidente, sua presença é como a gota d'água de uma chuva cândida e fecunda que vem para germinar o solo fazer nascer as folhas e frutos que saciarão aqueles que têm fome e sede de justiça. Sua presença no além-mar, plenamente justificável à luz da delicada situação geo-política mundial, conseguiu importantes avanços rumo à paz mundial mas como efeito colateral tornou a associação instável, confundida e dispersa. Não nos alongaremos nas razões pelas quais isso veio a acontecer, mas entre a paz mundial e uma associação coesa o presidente optou pela primeira opção. Quem pode culpá-lo? Não o redator destas linhas, cuja maior contribuição à paz mundial foi ter fugido de uma briga de bar numa dessas noites em que se toma umas a mais.

Aqui Não!

Esse nobre periódico que marcou seu nome na história do jornalismo investigativo do país ao descobrir que um famoso ex-ministro não sabia amarrar os sapatos vem a público revelar que tem recebido propostas de, em troca de silêncio a respeito da delicada situação política em Brasília, receber um mensalão, todo mês.

Segundo a tripulação que aqui trabalha, uma equipe de mais de duzentos e cinquenta jornalistas na sede em São Paulo e setenta e oito correspondentes ao redor do mundo, todos com tudo em dia e carteira assinada, o mensalão poderia ser utilizado para comprar uma máquina de café, trocar a geladeira e consertar o ar-condicionado. Evidentemente, tudo isso foi pensado em tom de fantasia, pura imaginação, como tantas vezes já pensamos em como seria uma noite com Gisele. Nenhum dos funcionários sequer cogitou a hipótese, por uma fração de segundo que fosse, de vir a aceitar esse vil, ignóbil e torpe mensalão.

Essa renomada folha continuará como sempre em busca da verdade e também (por que não?) da Verdade. Não nos calaremos. Continuamos e continuaremos. Diferente de muitos assim chamados "blogs", que preferem uma linha editorial mais branda em troca de alguns mil reais a mais no fim do mês, nós, que nascemos na miséria e depois de mais de trinta anos de bom jornalismo continuamos na miséria, não aceitamos dinheiro sujo de ninguém.

Mar de Lama

Foi-se. Falou-se tanto em mala de dinheiro que ela apareceu. Sei-la quantos reais na mala e mais tantos outro dólares (sim, verdinhas de verdade) na cueca. Na cueca! Na certa o rapaz pensou em colocar na cueca porque achou que ninguém teria coragem de colocar a mão lá para conferir. Na cueca! A arte do roubo de dinheiro público vez sofrendo um redução dramática da sua qualidade, elegância e sofisticação. Levar dinheiro na cueca? Isso sim é que é lavagem de dinheiro, iria ter que lavar cem mil dólares quando chegasse no Ceará.

A opinião do corpo desta folha (?) é que o Excelentíssimo Senhor Presidente da República José Ignácio sabe de duas coisas, sabe da roubalheira e sabe que o melhor que pode fazer agora que a vaca foi para o brejo é se fazer de desentendido.

E o militante, que odiava os yankees, que odiava o FMI, que odiava o "mercado" e achava que agora ia tudo ser diferente? Esse deve estar com o coração partido. Mas, como eles dizem, a Regina Duarte avisou!

Em tempo, iríamos colocar aqui que o mandato do ex-ministro, agora presidente, foi recheado de não-realizações. Até que o próprio fez questão de dizer que gostaria de continuar ministro até entregar um grande projeto, o da reforma do ensino superior.

Ensino superior, ex-ministro presidente? Ensino superior? De nossa sede, no andar número 101 de um arranha-céu em São Paulo, podemos ver, de binóculos, os malabaristas mirins nos semáforos. E o senhor gastou seu tempo e nosso dinheiro com a reforma do ensino superior. Muito bonito...

A Solução dos Economistas

O maior problema da humanidade é a escassez.

DIGA NÃO À ESCASSEZ!

Vossa Excelência é Mentirosa

Roberto Jefferson agradou tanto o público que os telespectadores exigiram mais uma aparição. E lá foi ele para a TV novamente. Se alguma lição podemos tirar de tudo isso que estamos passando nesse delicado momento da nossa história democrática, é que um deputado pode xingar o outro do que quiser, desde que começe por "Vossa Excelência".

Vossa Excelência é mentirosa!
Vossa Excelência não é homem!
Pegarei Vossa Excelência lá fora!
Corrupto é a mãe de Vossa Excelência!
Conheço muito bem (biblicamente) a mulher de Vossa Excelência!

Já o redator desse humilde periódico, nunca foi chamado de Vossa Excelência. Já foi chamado de muita coisa pior (ou não), mas de Vossa Excelência, nunca. Ufa!

A Felicidade Está nos Pequenos Detalhes

SPFW

O editor deste, que é o blog que mais trabalha na internet, foi convidado para desfilar hoje no SPFW. Como ainda não tinha escrito nada para o nobre leitor que acompanha esta folha, recusei. Nada de desfiles, nada de circular entre as mais belas mulheres do nosso tempo, nada disso. Aqui, prezado leitor, vossa senhoria vem em primeiro lugar. E a Ana Hickman num distante segundo.

Isso posto, gostaria de dizer aui que essa história de modelos lindíssimas desfilando de para lá e para cá me deixa fascinado. Mesmo eu, que sou esteticamente muito privilegiado, fico hipnotizado pelos corpos e silhuetas dessas modelos nesses desfiles por aí.

Um Dia Longo Demais

Hoje foi mais um daqueles dias. Tenho certeza que no restaurante em que comi hoje me serviram sobras de alguma outra mesa. O que pensar quando a comida já vem cortada e fria? Também, por 75 cents, nem sei como Louie ainda aceita me servir. Talvez se eu o tivesse pagado da última vez, hoje ele teria me servido alguma coisa melhor.

Em todo caso, quando saí daquela espelunca senti vontade de tomar uma dose do velho Old Crow. Meti a mão no bolso e tirei 45 centavos. Pus a outra mão no outro bolso e mais 25 cents. Preciso que uma calça com mais bolsos. Que diabos, com 70 centavos eu não tomaria uma dose de whiskey nem no Novo México. Não sem uma boa briga antes pelo menos.

Bom, embriagado ou não eu tinha trabalho a fazer. O novo Papa queria se chamar "Bento" e havia uma porção de figurões do submundo que preferiam que Sua Santidade arranjasse outro nome. Eu havia sido contratado para garantir que eles e deixassem o velho usar o nome numa boa.