quarta-feira, setembro 06, 2006

John Travolta sobre Bilhetes de Metrô

Eu estava tranqüilamente tentando passar roupa naquela tarde de domingo, na verdade não tão tranqüilamente, já que eu não estava me entendendo com aquela maldita tábua de passar. Passar umas calças ainda dá, mas tenho dúvidas de que seja possível passar uma camisa. É um trabalho muito, muito técnico. Mas o fato é que eu estava lá tentando aprender. Quando em dúvida, apertava o botão do vapor e prometi que na próxima vez iria levar a tábua para dentro da sauna para ver se a coisa ficava mais fácil.

Pois eu estava naquela atividade prosaica (e tenho percebido que a maioria das minhas atividades assim o são) quando toca o telefone. Rob me chama para uma cerveja. Aceito encontrá-lo depois de terminar o trabalho doméstico.

Meia hora depois, estou a caminho do metro naquele início de noite de domingo. Noites de domingo sempre me despertaram, no fundo, bem no fundo, um mau pressentimento. Sim, uma segunda-feira inteirinha esperando por você dali a algumas horas não pode ser boa coisa. Isso me fazia caminhar com passos mais apertados, às vezes olhando para trás, só para confirmar que ninguém estava me seguindo. Normalmente, ninguém me segue, mas sempre é bom ter certeza. Certa vez um cachorro me seguiu. Situação embaraçosa.

Pego o metro e quando passo meu bilhete percebo que é o último de um múltiplo de duas viagens. Blasfemo.

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