quinta-feira, setembro 07, 2006

O Futebol e a Condessa de Battersea

Quando conheci a Condessa de Battersea, não sabia que ela era nobre. Achava, durante algum tempo, que se tratava de uma pessoa normal. Normal em termos, obviamente, já que ela é uma pessoa muito diferente, mas normal no sentido de que não imaginava que tinha sangue-azul.

Eu estava num boteco aqui perto tomando umas cervejas tranquilamente, enquanto o tempo passava, tentando ficar levemente bêbado, já que naquela época eu acreditava de fato que uma maneira mais feliz de levar a vida era através da alteração dos sentidos.

E eu estava lá. E ela também estava, mas até então não nos conhecíamos, logo isso não faz a menor diferença. Em certo momento, caminhei até o balcão para pegar uma cerveja e ela estava lá conversando com uma amiga que nunca mais vi. De repente, ela se vira para mim e com a maior naturalidade diz que me conhece. Eu, que além de estar já levemente embriagado, nunca acreditei nas mulheres depois do que Maureen me aprontou, disse prontamente que achava que ela estava enganada. Disse que mais do que achar, eu tinha certeza que ela estava enganada.

Ela não estava, como ficou provado logo a seguir. Ela sabia meu nome, minha profissão e onde eu morava. Interessante, já que muitas noites nem eu sabia tudo isso sobre mim mesmo. Segundo ela, descobriu tudo isso na agência de empregos pois ela estava procurando um motorista. Disse a ela que fez bem de não ter me contratado já que naquela noite, por exemplo, eu já ia me dirigir bêbado para casa.

Bom a conversa prossegui por aí e logo a amiga dela foi embora e eu só consegui saber seu (dela) nome depois de ela ter se retirado e já o esqueci. Mas a futura Condessa já tinha conseguido o seu motorista semanas e não era eu. Conversamos sobre todo tipo de futilidades, já que não sei falar sobre muitos outros assuntos além desse e descobrimos que nós dois queríamos ir à partida de futebol que se realizaria logo dali a alguns dias. Achei uma ótima idéia.

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