quarta-feira, setembro 13, 2006

Uma Série de Pulgas Atrás das Duas Orelhas

Temo pelo pior. Como sempre. Continuo com a sensação de que há algo de indefinível no ar que me deixa tremendamente desconfiado. Um tipo de mau-pressentimento? Uma premonição? Nao sei. Questiono-me, mas não tenho resposta. É como se estivesse andando no fio de uma navalha. Extremamente desagradável e antiquado. Pouca gente usa navalhas hoje em dia. No meu tempo, a máfia cortava o seu pescoço com uma delas se você olhasse torto para o cara errado. Um tempo de romantismo. Um tempo em que se você matasse uma pessoa, você se preocupava, se escondia, fugia. Sabia que se bobeasse estava frito. Hoje mata-se da maneira mais banal. Esses tais de gangsta-rappers, traficantes, crime organizado, todos eles não sabem mais o significado da palavra "conseqüências".

Entretanto, não era meu plano tratar desse assunto. O meu plano era tratar da busca do ser-humano pelo inalcançável. Para minha sorte, muita gente já tratou desse assunto de modo que considero matéria-dada, como se falava no meu tempo. Ainda assim, entretanto, estou atormentado.

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